Com a crise política interna e um cenário internacional bastante instável, cresce a parcela de investidores interessados em manter seu patrimônio protegido em bases seguras, optando por aplicações como a previdência complementar fechada. E não por acaso: nesse tipo de investimento, os riscos são mínimos. Quer saber por quê?
A política de investimentos de um Fundo de Pensão passa por crivos importantes
Essa é uma das maiores vantagens do modelo. Ao contrário de outros investimentos de mercado, todas as movimentações financeiras feitas pela entidade responsável pelo plano precisam ser analisadas e validadas, em primeira instância, pelos órgãos estatutários internos.
Além disso, outros órgãos, totalmente isentos, legislam sobre como os fundos de pensão devem investir o dinheiro dos participantes. É o caso do Conselho Monetário Nacional (CMN) e da própria Secretaria de Previdência Complementar (PREVIC). “Há uma Resolução que dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos e que ressalta a necessidade da observação dos princípios de solvência e liquidez. Esta resolução ainda estabelece os limites legais máximos por segmento de aplicação – Renda Fixa, Renda Variável, Imóveis, Investimentos Estruturados, Investimentos no Exterior e Operações com Participantes”, explica Paulo Josef Gouvêa da Gama, atuário, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Tecnológico de Ciência e Pesquisa (ITCP).
A maior parte dos recursos é direcionada a investimentos conservadores
A rentabilidade obtida pelo fundo de pensão depende de onde os recursos são alocados. “A rentabilidade de uma carteira de investimentos é diretamente decorrente das aplicações realizadas. Significa dizer que, se os mercados nos quais os recursos estão aplicados vão bem, as carteiras devolvem boas rentabilidades”, completa Ivan Sant’Ana Ernandes, atuário, diretor executivo da Atest Consultoria Atuarial.
Porém, os mesmos órgãos externos que legislam sobre os Fundos de Pensão definem que boa parte dos recursos dos participantes seja direcionada para aplicações mais conservadoras e, consequentemente, muito mais seguras. O que representa uma tranquilidade extra, ainda mais em tempos de crise. “De acordo com o Consolidado Estatístico da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), em 2015, o segmento de renda fixa representou 65,9% dos ativos investidos pelos Fundos de Pensão. Destes, 48,9% estão alocados em Fundos de Investimentos, 13,4% em Títulos Públicos e 3,6% em Créditos Privados e Depósitos. A renda fixa permite previsibilidade do fluxo de caixa a ser recebido, com volatilidade de retornos baixa, sendo assim, considerado um investimento seguro”, atesta Gama.
*Este post da #EngrenagemFinanceira. O texto faz parte dos dos conteúdos que publicamos nos programas de educação financeira e previdenciária. A partir de agora, toda semana (sempre às quintas-feiras) iremos compartilhar um material inédito neste espaço! Vem com a gente! ?…